Os snipers desempenham papel de grande relevância nas forcas militares e grupos táticos policiais. Com a missão de proteger os demais membros da tropa ou atuar no resgate de reféns, snipers são sinônimo de técnica apurada, muita disciplina e precisão singular. Caçadores que se tornaram grandes snipers você já deve ter ouvido falar, mas a história do finlandês Simo Häyhä é unica.
Nascido na Finlândia, na região próxima à fronteira com a Rússia, o camponês Simo Häyhä aprendeu a caçar ainda muito jovem. Prestou serviço militar na década de 1920, mas seu impressionante desempenho como soldado só aconteceu anos mais tarde, no evento conhecido como Guerra de Inverno.
No mesmo período em que se iniciava a Segunda Guerra Mundial, um conflito paralelo eclodia na Europa. A União Soviética, que reclamava uma parte do território finlandês, invadiu a Finlândia na região da fronteira com a Rússia. Começava então a Guerra de Inverno. Simo Häyhä, à epoca com 33 anos, reapresentou-se para servir ao exército e defender seu país. Atuando como sniper, transformou-se no terror dos soldados soviéticos.
Grande conhecedor do terreno, acostumado às condições climáticas desfavoráveis, exímio atirador com rifles, Simo Häyhä adaptou técnicas de caçada e camuflagem na neve, vindo a se tornar o mais letal sniper de todos os tempos. Em um período que pode ter sido de 5 a 6 meses, ele alcançou a impressionante marca de 540 mortes nas tropas inimigas. Extremamente cuidadoso, atento inclusive à neve movida pelos gases emitidos no disparo, Simo Häyhä tornou-se indetectável em ação. Ele não utilizava qualquer dispositivo especial de mira, apenas o aparelho regular de pontaria do rifle, para evitar que o reflexo nas lentes do sistema óptico denunciasse sua posição. Simo Häyhä ganhou o apelido de Morte Branca, difundido inclusive entre os soldados inimigos.
Após alguns meses de operações e a imbatível marca de 540 baixas inimigas, caçado pelo poderoso Exército Vermelho, Simo Häyhä foi gravemente ferido, mas foi salvo por compatriotas. Enquanto se recuperava dos ferimentos, Finlândia e União Soviética assinaram um acordo de paz, pondo fim ao conflito. Seus dias como soldado tinham acabado. Recuperado das lesões e com a paz restabelecida na Europa em 1945, Simo Häyhä voltou à condição de camponês, criador e caçador. Ele morreu com 96 anos de idade, na Finlândia, sua terra natal, no ano de 2002.
Simo Häyhä foi um dos grandes combatentes do século XX, mesmo tendo pouco mais de 1,50 m de altura. Um verdadeiro herói, venerado pelo povo de seu país. Não tanto pelo seu impressionante desempenho como sniper, mas pela bravura com que lutou para defender sua pátria de um exército inimigo muito mais numeroso e bem armado.
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