Uma das boas criações da indústria de armamentos no seculo XX, o fuzil de assalto Galil é utilizado por parte das forças de defesa de Israel e outras dezenas de instituições de segurança pelo mundo. Produzido pela IWI - Israel Weapon Industries, desde a época em que a empresa se chamava IMI - Israel Military Industries, o Galil foi inspirado em uma versão finlandesa do lendário fuzil russo AK 47. A IWI consolidou posição entre os grandes fabricantes mundiais graças ao sucesso de armas como a submetralhadora UZI, a pistola Jericho e a metralhadora Negev. Atualizado e adaptado aos novos padrões da indústria de armamentos, passou a chamar-se Galil Ace. Conheça um pouco mais da história do fuzil israelense Galil.
Com o desfecho da Guerra dos Seis Dias, em 1967, emergiram críticas de soldados e comandantes ao armamento de produção belga FAL - Fuzil Automático Leve, fabricado pela FN Herstal e até então adotado pelas forças de defesa de Israel. Possivelmente, o contato com os fuzis AK 47 utilizados pelas forças inimigas durante o confronto teriam motivado as reclamações. Os militares alegavam principalmente o peso do FAL, a baixa precisão quando em modo de tiro automático e a capacidade do carregador de apenas 20 munições. Comparativamente, o AK 47 era mais leve, apresentava menor incidência de panes, exigia menos manutenção e demonstrava mais estabilidade no modo automático, além de operar com carregadores de maior capacidade.
O comando das forças de segurança de Israel decidiu iniciar um processo de concorrência para a adoção de um novo fuzil de assalto. Embora o AK 47 apresentasse pontos favoráveis, a importação do mesmo não se mostrou viável. Grandes empresas de armamento norte-americanas apresentaram seus modelos e a gigante alemã H&K também participou da concorrência, com o seu HK 33. A empresa nacional, então chamada IMI - Israel Military Industries, apresentou seu protótipo, desenvolvido pelo engenheiro Yisrael Galil. O fuzil projetado por Galil e pelos técnicos da IMI atendeu às exigências quanto a peso, portabilidade, precisão em modo semiautomático, estabilidade em modo automático e capacidade no carregador, vindo a ser selecionado. Batizado com o nome do seu criador, o Galil foi inspirado no Valmet RK, uma versão finlandesa refinada do AK 47. Além da equipe que projetou o fuzil selecionado, outro grupo de engenheiros de Israel também concorreu, apresentando um modelo concebido por Uziel Gal, criador da submetralhadora Uzi.
A adoção do Galil pelas forças armadas de Israel não foi imediata. O país tinha um acordo de cooperação militar com os Estados Unidos que previa o recebimento de dezenas de milhares de fuzis M16, a valores muito inferiores aos praticados à época. Para Israel, comprar os M16 a preço baixo compensava mais que produzir o próprio armamento. Esse mesmo acordo pode ter influenciado na decisão do calibre adotado inicialmente pelo Galil. Foi eleito o 5,56 x 45 mm, adequado aos objetivos do projeto do Galil, mas também o mesmo utilizado no M16, permitindo aproveitamento das significativas remessas de munições norte-americanas. Financeiramente, tais medidas compensavam muito para Israel. Por isso, o Galil só foi utilizado de fato pelas forças israelenses em meados dos anos 1970.
Inicialmente, 3 modelos foram entregues às forças de Israel e também para exportação: a versão AR, tipo fuzil de assalto para tropa regular; a versão ARM que servia como metralhadora leve de infantaria, dotada de bi-pé; um modelo para combate em ambiente fechado e curtas distâncias, com menor comprimento de cano, mas no mesmo calibre. Nos anos 1980, com vista a atender novos mercados, foram lançados modelos no calibre 7,62 mm, inclusive um especial para snipers, na versão 7,62 x 51 mm.
Com o passar dos anos, os modelos Galil sofreram modificações de design, buscando melhor adequação às tendências da indústria de armamentos do final do século XX e século XXI. Foram introduzidas coronhas retráteis (as originais eram rebatidas), trilhos para acessórios, peças em polímero e materiais leves de alto desempenho. O fabricante deixou de ser 100% estatal e mudou o nome para IWI. o Galil acompanhou a mudança e passou a ser chamado Galil Ace. Atualmente, além de Israel, países como Índia, Chile, México, África do Sul, Portugal, Itália e Ucrânia utilizam versões do Galil em suas forças militares ou policiais.
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